Embaraço-me
enlaçando nas mãos as palavras
aquelas que não proferi,
"aguarda pela chuva"
conforta-me a vinda na pachorrenta desdita,
mas o montado ali tão perto
o pasto a quem basta as abelhas e o mel
de quem me vale um deserto
a tela, a paleta, o pincel?
As fiteiras do podador pendem na ramada,
abandonada,
na espera espaçada de um baldio
invisível,
como o uivo solitário da monda,
na nudez dos torrões sob o céu.
Como eu.

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